sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SALMO 21 - para rezar nas horas de angústia.




21 – Salmo para rezar nas horas de angústia.

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
E permaneceis longe de minha súplicas e de meus gemidos?
Meu Deus, clamo de dia e não me respondeis;
Imploro de noite e não me atendeis.
Entretanto, vós habitais em vosso santuário,
Nossos pais puseram sua confiança em vós;
Esperaram em vós e os livrastes.
A vós clamaram e foram salvos;
Confiaram em vós e não foram confundidos.
Eu, porém, sou um verme, não sou homem,
O opróbrio de todos e a abjeção da plebe.
Todos os que me vêem, zombam de mim;
Dize, meneando a cabeça:
“Esperou no Senhor, pois que ele o livre,
Que o salve, se o ama.”
Sim, fostes vós que tirastes das entranhas de minha mãe
E, seguro, me fizestes repousar em seu seio.
Eu vos fui entregue desde o meu nascer,
Desde o ventre de minha mãe vós sois o meu Deus.
Não fiqueis longe de mim, pois estou atribulado;
Vinde para perto de mim, porque não há quem me ajude.
Cercam-me touros numerosos,
Rodeiam-me touros de Basã.
Contra mim eles abrem suas fauces,
Como o leão que ruge e arrebata.
Derramo-me como água,
Todos os meus ossos se desconjuntam.
Meu coração tornou-se como cera,
E derrete-se nas minhas entranhas.
Minha garganta está seca qual barro cozido,
Pega-se no paladar a minha língua;
Vós me reduzistes ao pó da morte.
Sim, rodeia-me uma malta de cães,
Cerca-me um bando de malfeitores.
Transpassaram minhas mãos e meus pés,
Poderia contar todos os meus ossos.
Eles me olham e me observam com alegria.
Repartem ente si as minhas vestes,
E lançam sorte sobre a minha túnica.
Porém, vós, Senhor, não vos afasteis de mim;
Ó meu auxílio, bem depressa me ajudai.
Livrai da espada a minha alma,
E das garras dos cães a minha vida.
Salvai-me a mim, mísero, das fauces do leão
E dos chifres dos búfalos.
Então, anunciarei vosso nome a meus irmãos,
E vos louvarei no meio da assembléia.
“Vós que temeis o Senhor, louva-0;
Vós todos, descendentes de Jacó, aclamai-o;
Temei-o, todos vós, estirpe de Israel,
Porque ele não rejeitou nem desprezou a miséria do infeliz;
Nem dele desviou a sua face;
Mas o ouviu, quando lhe suplicava.”
De vós procede o meu louvor na grande assembléia,
Cumprirei meus votos na presença dos que vos temem.
Os pobres comerão e serão saciados;
Louvarão o Senhor aqueles que o procuram:
“Vivam para sempre os nossos corações.”
Hão de se lembrar do Senhor e a ele se converter
Todos os povos da terra.
E diante dele se prostrarão
Todas as famílias das nações.
Todos os que dormem no seio da terra o adorarão,
Diante dele se prostrarão os que retornaram ao pó.
Para ele viverá a minha alma,
Há de servi-lo minha descendência,
Ela falará do Senhor às gerações futuras
E proclamará sua justiça ao povo que vai nascer:
“Eis o que fez o Senhor.”

Visão profética dos sofrimentos do Servo do Senhor
(HEBR. 22) Ao mestre de canto Segundo a melodia "A corça da aurora". Salmo de Davi.

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