108 – Salmo para
alcançar as bênçãos Divinas.
Ó deu de meu louvor,
não fiqueis insensível.
Porque contra mim se
abriu boca ímpia e pérfida.
Falaram-me com palavras
mentirosas,
Com discursos odiosos
me envolveram;
E sem motivo me
atacaram.
Em resposta ao meu
afeto me acusaram,
Eu, porém, orava.
Pagaram-me o bem com o
mal,
E o amor com o ódio.
Suscitai contra ele um
ímpio,
Levante-se à sua
direita um acusador.
Quando o julgarem, saia
condenado,
E sem efeito o seu
recurso.
Sejam abreviados os
seus dias,
Tome outro o seu
encargo.
Fiquem órfãos os seus
filhos,
E viúva a sua esposa.
Andem errantes e
mendigos os seus filhos,
Expulsos de suas casas
devastadas.
Arrebate o credor todos
os seus bens,
Estrangeiros pilhem o
fruto de seu traabalho.
Ninguém lhes tenha
misericórdia,
Nem haja quem se condoa
de seus órfãos.
Exterminada seja a sua
descendência,
Extinga-se o seu nome
desde a segunda geração.
Conserve o Senhor a
lembrança da culpa de seus pais,
Jamais se apague o
pecado de sua mãe.
Deus os tenha sempre
presentes na memória.
E risque-se da terra a
sua lembrança.
Porque jamais pensou em
ter misericórdia,
Mas perseguiu o pobre e
desvalido,
E teve ódio mortal ao
homem de coração abatido.
Amou a maldição: que
ela caia sobre ele!
Recusou a bênção: que
ela o abandone!
Seja coberto de
maldição como de um manto,
Que ela penetre em suas
entranhas como água.
E se infiltre em seus
ossos como óleo.
Seja-lhe como a veste
que o cobre,
Como um cinto que o
cinja para sempre.
Esta, a paga do Senhor
àqueles que me acusam
E que só dizem mal de
mim.
Mas vós, Senhor Deus,
tratai-me segundo a honra de vosso nome,
Salvai-me em nome de
vossa benigna misericórdia.
Porque sou pobre e
miserável;
Trago, dentro de mim,
um coração ferido.
Vou-me extinguindo como
a sombra da tarde que declina;
Sou levado para longe
como o gafanhoto.
Vacilam-me os joelhos à
força de jejuar,
E meu corpo definha de
magreza.
Fizeram-me objeto de
escárneo,
Abanam a cabeça ao me
ver.
Ajudai-me, Senhor, meu Deus,
Salvai-me segundo a
vossa misericórdia.
Que reconheçam aqui a
vossa mão,
Saibam que fostes vós
que assim fizestes.
Enquanto amaldiçoam,
abençoai-me,
Sejam confundidos os
que se insurgem contra mim,
Cubram-se de ignomínia
meus detratores,
E envolvam-se de
vergonha como de um manto.
Celebrarei altamente o
Senhor,
E o louvarei em meio à
multidão.
Porque ele se pôs à
direita do pobre,
Para o salvar dos que o
condenam.
Maldição contra um inimigo.
(HEBR. 109) Ao mestre de Canto. Salmo de Davi.
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